Estresse é contagioso? Sim, mais do que você imagina

Anote essas dicas de como ficar imune ao estresse das pessoas que te rodeiam para que não te afetem

Copo meio cheio, copo meio vazio… Será que é essa mesmo a questão? A verdade é que reclamar faz parte da vida, e mesmo nos nossos melhores momentos sempre encontraremos algo que nos incomoda. Calor demais, frio demais, choveu, não chove há dias, transporte público, trânsito, ter filhos, não ter filhos, contar para pagar. Mas quem nunca deu uma reclamadinha que atire a primeira pedra!

Na verdade, reclamar em si não é o problema. Segundo a revista Galileu, uma pesquisa citada no site The Atlantic demonstrou que quem reclama mais conscientemente, ou seja, que tem um objetivo e um resultado em mente, é mais feliz do que quem simplesmente fala mal de tudo sem motivações. Ou seja: se eu reclamo sobre um colaborador que está atrasando meu trabalho, mas no fundo é porque de fato me importo com meu trabalho, essa reclamação tira para fora uma frustração que merece atenção e pode trazer benefícios como outras perspectivas de resolução do problema. 

Imagem: Freepik

Mas claro que equilíbrio é tudo na vida, e reclamar demais tem seus lados negativos. Principalmente para aquele que escuta a reclamação do outro. E é por isso que o estresse no ambiente de trabalho pode ser tão desgastante: se já não bastasse suas próprias insatisfações com a rotina, ainda se acumula aquelas que você nem sequer percebia antes — porém passa a notar após ouvir o outro falando sobre.

A simbiose do estresse

“Naturalmente e inconscientemente nós captamos as emoções de outras pessoas, da mesma maneira como podemos pegar um resfriado”, esclarece Laurie Santos, Ph.D., cientista cognitiva e professora de psicologia na Universidade de Yale. 

Então sim, o estresse é muito contagioso. Isso acontece porque no fundo somos animais, e prestar atenção no estresse dos outros nos emite um sinal de alerta de perigo e mobiliza nossos recursos internos para a fuga — mesmo que hoje a ameaça seja mais simbólica do que um predador de fato. 

No ano de 2010, o neurocientista Tony W. Buchanan, docente na Universidade de St. Louis (EUA), conseguiu comprovar que o estresse experimentado por terceiros pode ter impacto sobre nós. Em seu estudo, ele avaliou os níveis de cortisol em indivíduos que meramente presenciaram situações estressantes em outras pessoas. Os resultados, divulgados na revista acadêmica Social Neuroscience, indicaram que os observadores apresentaram um aumento nos níveis do hormônio do estresse.

O que fazer para evitar o contágio? 

Claro que não dá para simplesmente bloquear aquele colega de trabalho que vive estressado, e nem invalidar seu sentimento (que, como falamos antes, pode ter sim uma motivação com sentido). O que está no seu controle é buscar maneiras de lidar com a situação, seja procurando soluções para o causador do estresse do momento, seja tendo empatia com o outro e consigo mesmo. Essa empatia, inclusive, significa tirar pausas, ler um livro, comer algo prazeroso, e encaixar durante seu tempo de trabalho momentos de descompressão. 

Se você acha que essas pequenas pausas podem te prejudicar, não poderia estar mais errado! Elas serão motivadoras e trarão novas ideias e inspirações para que seu dia seja ainda mais produtivo, sem a pressão que o estresse compartilhado pode trazer. 

Você já viveu situações de contágio de estresse? Conte para a gente nas redes sociais da ABM e continue acompanhando o nosso blog para mais conteúdos como esse. 

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